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Para quem tem paixão por cães, como eu, este será concerteza um livro inesquecível.
Deixo aqui um pequeno excerto para, quem sabe, despertar o vosso interesse. Sei no meu coração que não se arrependerão. Quem como eu tem um destes bichinhos adoráveis sabe que tenho razão, não é amiguinhos?
" Éramos jovens e apaixonados. Estávamos a viver esses primeiros dias sublimes de casamento em que a vida parece melhor do que nunca. Só estávamos bem um com o outro. (...) Quando aterrámos os dois no Sul da Florida e demos o nó, ela tinha quase trinta anos. Os seus amigos começavam a ter filhos. O seu corpo enviava-lhe mensagens estranhas. A janela da oportunidade para a procriação, outrora aparentemente aberta, começava a fechar-se lentamente. Debrucei-me sobre ela por trás, envolvi-lhe os ombros com os braços e beijei-a na testa. - Está tudo bem. - disse-lhe.
Mas tive de admitir que era uma boa questão. Nenhum de nós alguma vez tivera de alimentar o que quer que fosse nas nossas vidas. Claro que tínhamos tido animais de estimação em crianças, mas esses não contavam. Sempre soubéramos que os nossos pais os iriam manter vivos e de boa saúde. Ambos sabíamos que que um dia queríamos ter filhos, mas estaria algum de nós realmente `a altura da tarefa? As crianças eram tão... tão... assustadoras. Eram frágeis e indefesas e parecia que se quebrariam facilmente se as deixássemos cair.
Um pequeno sorriso despontou no rosto de Jenny.
- Pensei que talvez um cão fosse um bom treino - disse.
(...) À entrada da casa, fomos recebidos por uma mulher de meia-idade chamada Lori, que nos deu as boas-vindas com um labrador retriever amarelo a seu lado.
- Esta é a Lily, a mãe babada - disse Lori depois de nos apresentarmos.
Podíamos ver que cinco semanas depois do parto Lily ainda tinha o ventre inchado e as tetas pronunciadas. Ajoelhámo-nos, e ela aceitou benevolentemente as nossas festas. Era exactamente aquilo que um labrador devia ser - doce, afeiçoado, calmo e lindo de morrer. (...) A ninhada consistia em cinco fêmeas, todas reservadas excepto uma, e cinco machos. Lori pedia quatrocentos dólares pela fêmea e trezentos e setenta e cinco pelos machos.
(...) - Aquele ali pode levá-lo por três e meio - disse a dona.
(...) - Oh, querido - arrulhou ela. - O pequenino está livre!
Tive de admitir que era realmente adorável. E vivaço. Sem que tivesse tempo de perceber o que ele estava a fazer, já o sacana me roera metade da correia do relógio.
(...) Só um deles avançou ao encontro da investida. Era o "Cachorro Livre". Arremeteu contra mim a todo o gás, fazendo-me um bloqueio de corpo atravessado contra os tornozelos e abocanhando-me os atacadores como se convencido de que eles fossem um inimigo perigoso que precisasse de ser destruído.
- Acho que é destino - disse Jenny.
- Achas que sim? - perguntei, levantando-o na palma da mão diante da cara, estudando-lhe a carantonha. Ele olhou-me com uns olhos castanhos de derreter o coração e mordiscou-me o nariz. Atirei-o para os braços de Jenny, e ele fez a mesma coisa a ela. - Lá que parece gostar de nós, parece - disse eu. (...)"
ando tão preguiçosa para ler!
última etapa? é um "tirinho" agora!